O que significa o nome Eliseu na Bíblia?

O nome Eliseu ressoa através das páginas sagradas como um testemunho eloquente da providência divina e do poder transformador de Deus. Este nome, repleto de significado teológico, pertence ao sucessor do grande profeta Elias – um homem cujo ministério foi marcado por milagres extraordinários, compaixão pela humanidade e uma fidelidade inabalável ao chamado divino. Você sabia que o próprio significado do nome Eliseu revela o propósito central da missão de Deus para a humanidade e antecipa a mensagem redentora que encontraria sua expressão mais completa em Cristo?

Na rica tapeçaria da narrativa bíblica, Eliseu emerge como uma figura singular – um profeta que demonstrou tanto o poder sobrenatural quanto a ternura compassiva de Deus. Seu ministério, que abrangeu aproximadamente seis décadas e os reinados de vários monarcas, testemunhou transformações dramáticas na história de Israel. Ao explorarmos a profundidade deste nome e a vida extraordinária de quem o carregou, descobriremos verdades atemporais sobre a natureza da salvação divina que continuam a inspirar e orientar os fiéis até os dias atuais.

Origem e Significado Bíblico do Nome

Etimologia e Significado

O nome Eliseu (אֱלִישָׁע em hebraico, pronunciado “Elisha”) é composto de duas partes fundamentais: “El” (אֵל), que significa “Deus” e é um dos nomes divinos que denota poder e força, e uma forma do verbo “yasha” (ישע), que significa “salvar”, “libertar” ou “resgatar”. Assim, Eliseu significa literalmente “Deus é salvação” ou “Meu Deus salva” – uma declaração poderosa sobre a natureza e propósito de Deus.

Esta etimologia é profundamente significativa, pois encapsula o tema central da fé bíblica: Deus intervém na história humana para trazer libertação e redenção. O nome Eliseu, portanto, não é apenas uma designação pessoal, mas uma proclamação teológica que seria demonstrada repetidamente ao longo de seu ministério profético.

É interessante notar a semelhança com outros nomes bíblicos que compartilham componentes semelhantes. O nome de Josué (יְהוֹשֻׁעַ, Yehoshua) significa “YHWH é salvação”, usando o nome pessoal de Deus (YHWH) em vez de “El”. O nome de Jesus (ישוע, Yeshua em hebraico, uma forma posterior de Josué) carrega o mesmo significado, sublinhando a continuidade do propósito salvífico de Deus através da história bíblica.

Chamado e Designação

A primeira menção de Eliseu nas Escrituras ocorre em 1 Reis 19:16, quando Deus instrui Elias: “Também ungirás Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, para ser profeta em teu lugar.” Esta designação divina ocorre no contexto do desânimo de Elias após sua confrontação com os profetas de Baal e a subsequente ameaça de Jezabel contra sua vida.

É significativo que Deus introduza Eliseu como parte de Sua resposta ao sentimento de solidão e abandono de Elias. Quando Elias lamenta: “Sou o único que sobrou, e agora estão tentando matar-me” (1 Reis 19:10), Deus não apenas revela que há “sete mil… que não dobraram os joelhos a Baal” (1 Reis 19:18), mas também providencia um sucessor – alguém que continuaria a obra de salvação de Deus após a partida de Elias.

O chamado de Eliseu é descrito em 1 Reis 19:19-21, quando Elias o encontra arando com doze juntas de bois: “Elias passou por ele e lançou sua capa sobre ele. Eliseu abandonou os bois e correu atrás de Elias… Então partiu com Elias e o servia.” O simbolismo da capa (ou manto) sendo lançada sobre Eliseu representa a transferência de autoridade profética e o chamado divino.

Significado Teológico

O nome Eliseu – “Deus é salvação” – carrega profundas implicações teológicas que se alinham perfeitamente com sua missão profética. Em seu âmago, o nome afirma uma verdade central das Escrituras: que a salvação procede exclusivamente de Deus e manifesta Sua natureza e propósito essenciais.

Este conceito de salvação no Antigo Testamento é multifacetado, englobando:

• Libertação física de perigos, inimigos ou circunstâncias ameaçadoras
• Cura de doenças e restauração à saúde
• Provisão em tempos de necessidade ou escassez
• Libertação de opressão e injustiça
• Restauração de relacionamentos quebrados
• Redenção do pecado e suas consequências

Como veremos, o ministério de Eliseu demonstrou todos estes aspectos da salvação divina, encarnando o significado de seu nome através de suas palavras e ações.

Além disso, o nome Eliseu aponta para a realidade de que Deus frequentemente trabalha através de agentes humanos para realizar Seus propósitos salvíficos. Assim como Deus utilizou Eliseu como instrumento de Sua salvação, Ele continua a operar através de pessoas que se submetem à Sua vontade e se tornam canais de Sua graça redentora no mundo.

Personagem Bíblico Relacionado ao Nome

O Sucessor de Elias

Eliseu é introduzido nas Escrituras primariamente como o sucessor designado de Elias, e esta relação de mentoria e sucessão é fundamental para compreender seu ministério. Durante um período de aprendizado, Eliseu serviu a Elias como assistente, observando e absorvendo as lições de fidelidade profética e dependência de Deus.

A transição de liderança profética é dramaticamente relatada em 2 Reis 2:1-15. Quando Elias está prestes a ser levado ao céu, Eliseu recusa-se a deixá-lo, demonstrando determinação em receber a herança espiritual de seu mentor. Sua solicitação revela suas aspirações espirituais: “Por favor, deixe-me herdar uma porção dupla do seu espírito” (2 Reis 2:9).

Esta “porção dupla” alude à lei de herança hebraica, onde o filho primogênito recebia duas vezes mais que os outros filhos (Deuteronômio 21:17). Eliseu não está pedindo para ser duas vezes mais poderoso que Elias, mas para ser reconhecido como seu legítimo sucessor espiritual – seu “primogênito” na fé.

Após a ascensão de Elias em “um carro de fogo e cavalos de fogo” (2 Reis 2:11), Eliseu apanha o manto que caiu de Elias, simbolizando a transferência da autoridade profética. Seu primeiro milagre – dividir as águas do Jordão com o manto de Elias (2 Reis 2:14) – replica o último milagre público de seu mentor, confirmando sua unção como sucessor legítimo.

O Profeta dos Milagres

Enquanto Elias é frequentemente lembrado por suas confrontações dramáticas com falsos profetas e reis ímpios, Eliseu é particularmente notável pela abundância de milagres em seu ministério. De fato, as Escrituras registram aproximadamente o dobro de milagres realizados por Eliseu em comparação com Elias – uma realização literal da “porção dupla” que ele solicitou.

Estes milagres abrangem uma impressionante variedade de intervenções divinas, incluindo:

• Purificação das águas de Jericó (2 Reis 2:19-22), demonstrando o poder de Deus para trazer cura e restauração à criação
• Multiplicação de azeite para uma viúva endividada (2 Reis 4:1-7), revelando a provisão divina para os vulneráveis
• Ressurreição do filho da mulher sunamita (2 Reis 4:32-37), manifestando o poder de Deus sobre a morte
• Purificação de alimento envenenado (2 Reis 4:38-41), mostrando a proteção divina
• Multiplicação de pães para alimentar cem homens (2 Reis 4:42-44), prefigurando os milagres alimentares de Jesus
• Cura da lepra de Naamã (2 Reis 5:1-14), ilustrando a capacidade de Deus de purificar e restaurar
• Recuperação de um machado emprestado que caiu na água (2 Reis 6:1-7), demonstrando o cuidado de Deus mesmo com preocupações aparentemente triviais

Estes milagres não eram meramente demonstrações de poder sobrenatural, mas sinais tangíveis da verdade expressa no nome de Eliseu – “Deus é salvação”. Cada intervenção milagrosa manifestava algum aspecto da atividade salvífica de Deus, quer fosse cura, provisão, proteção, restauração ou libertação.

O Profeta para Todas as Pessoas

Uma característica distintiva do ministério de Eliseu é sua ampla abrangência social. Diferentemente de muitos profetas que se concentravam primariamente em mensagens aos reis ou líderes religiosos, Eliseu interagia regularmente com pessoas de todos os estratos sociais:

• Viúvas empobrecidas (2 Reis 4:1-7), demonstrando a preocupação de Deus com os marginalizados
• Mulheres ricas e influentes, como a sunamita (2 Reis 4:8-37)
• Estudantes em treinamento profético nas “escolas dos profetas” (2 Reis 4:38-44, 6:1-7)
• Soldados e comandantes militares, como Naamã (2 Reis 5:1-19)
• Servos e escravos, como Geazi (2 Reis 5:20-27) e a serva israelita de Naamã (2 Reis 5:2-3)
• Reis de Israel, Judá e nações estrangeiras (2 Reis 3:11-27, 6:8-23)

Esta ampla esfera de influência reflete a verdade de que a salvação de Deus é universalmente acessível, transcendendo barreiras sociais, econômicas, étnicas e nacionais. Particularmente notável é o episódio de Naamã, um comandante sírio (portanto, gentio e inimigo político de Israel), que é curado de lepra e vem a reconhecer que “não há Deus em toda a terra, senão em Israel” (2 Reis 5:15).

O Conselheiro de Reis

Como seu predecessor, Eliseu frequentemente interagia com monarcas, oferecendo orientação, advertências e, por vezes, repreensões. Sua influência estendeu-se por aproximadamente 60 anos, abrangendo os reinados de Jorão, Jeú, Joacaz e Joás em Israel.

Eliseu demonstrou extraordinário discernimento em questões políticas e militares. Em 2 Reis 6:8-12, ele repetidamente alertou o rei de Israel sobre emboscadas planejadas pelos sírios, levando o rei inimigo a suspeitar de traição em suas próprias fileiras, apenas para descobrir: “Não é assim, ó rei… É Eliseu, o profeta que está em Israel, que revela ao rei de Israel as palavras que você fala em seu quarto de dormir.”

Em 2 Reis 3, Eliseu orienta os reis aliados de Israel, Judá e Edom em sua campanha contra Moabe, providenciando tanto estratégia militar quanto orientação espiritual. Este papel de conselheiro real demonstra que a salvação de Deus (o significado do nome de Eliseu) se estende à arena política e às decisões nacionais que afetam a vida de muitos.

O Profeta Compassivo

Embora capaz de severidade quando necessário (como no julgamento dos jovens que o escarneceram em 2 Reis 2:23-24), Eliseu frequentemente demonstrava extraordinária compaixão. Sua intervenção para salvar a viúva endividada e seus filhos da escravidão (2 Reis 4:1-7), sua persistência em ressuscitar o filho da sunamita (2 Reis 4:32-35), e sua preocupação com as necessidades básicas como alimento e água demonstram um coração sintonizado com o cuidado pastoral de Deus por Seu povo.

Esta compaixão é vividamente ilustrada em 2 Reis 8:7-15, quando Eliseu chora ao prever o sofrimento que Hazael causaria a Israel como futuro rei da Síria. Mesmo sabendo que Hazael seria instrumento do julgamento divino, Eliseu demonstra profunda empatia pelo sofrimento vindouro – revelando que o verdadeiro profeta, mesmo quando anuncia julgamento, não se regozija na aflição, mas sente o coração de Deus que “não quer que ninguém pereça” (2 Pedro 3:9).

O Legado Contínuo

Um dos aspectos mais extraordinários da história de Eliseu é que seu ministério continuou mesmo após sua morte. Em 2 Reis 13:20-21, lemos um episódio notável: “Eliseu morreu e foi sepultado. Bandos de moabitas costumavam entrar no país na primavera de cada ano. Uma vez, quando alguns israelitas estavam sepultando um homem, viram um desses bandos; então jogaram o corpo do homem no túmulo de Eliseu e fugiram. Quando o corpo tocou os ossos de Eliseu, o homem voltou à vida e pôs-se de pé.”

Este milagre póstumo serve como metáfora poderosa do impacto duradouro do verdadeiro profeta. Mesmo após sua morte física, o poder vivificante de Deus associado ao seu ministério permaneceu ativo. Isto ressoa com o significado de seu nome – “Deus é salvação” – lembrando-nos que enquanto instrumentos humanos vêm e vão, o poder salvífico de Deus continua operando em todas as gerações.

Aplicação Espiritual e Reflexão Cristã

Deus como Fonte de Salvação

O significado do nome Eliseu – “Deus é salvação” – articula uma verdade fundamental tanto para judeus quanto para cristãos: que a salvação em todas as suas dimensões procede exclusivamente de Deus. Esta convicção é reafirmada através das Escrituras:

• “A salvação vem do Senhor” (Jonas 2:9)
• “Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador” (Isaías 43:11)
• “Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12)

Na perspectiva cristã, esta verdade encontra sua expressão mais completa em Jesus Cristo, cujo próprio nome (Yeshua/Jesus) significa “YHWH salva” – um paralelo direto ao significado do nome Eliseu. Os milagres de Eliseu prefiguram os de Jesus, e ambos os ministérios demonstram que Deus intervém diretamente na condição humana para trazer libertação, cura e restauração.

Esta compreensão desafia a tendência humana de buscar salvação em outras fontes – seja em realizações pessoais, sistemas políticos, prosperidade material ou mesmo práticas religiosas separadas de uma relação com Deus. O nome Eliseu nos direciona exclusivamente a Deus como a fonte de toda salvação verdadeira.

Instrumentos da Salvação Divina

Embora a salvação venha exclusivamente de Deus, a vida de Eliseu ilustra como Deus frequentemente trabalha através de instrumentos humanos para realizar Seus propósitos redentores. Eliseu não efetuou milagres por seu próprio poder, mas serviu como canal através do qual o poder de Deus fluía.

Em 2 Coríntios 4:7, Paulo captura esta dinâmica: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” Assim como Eliseu, os cristãos são chamados a ser canais através dos quais a graça salvífica de Deus alcança um mundo necessitado.

Isto tem implicações práticas para o ministério cristão em todas as suas formas:

• Reconhecer que todo poder para transformação espiritual procede de Deus, não de habilidades ou técnicas humanas
• Manter humildade, sabendo que somos apenas instrumentos, não a fonte da bênção
• Permanecer constantemente dependentes do poder do Espírito Santo
• Buscar fidelidade em vez de sucesso como medida do ministério eficaz

Sucessão Espiritual e Mentoria

A relação entre Elias e Eliseu oferece um modelo poderoso de mentoria espiritual e sucessão de liderança. O pedido de Eliseu por uma “porção dupla” do espírito de Elias demonstra sua valorização da herança espiritual de seu mentor e seu desejo de continuar e expandir seu legado.

Paulo ecoa este conceito quando instrui Timóteo: “E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros” (2 Timóteo 2:2). Isto sugere um padrão de discipulado multiplicador que atravessa gerações.

Para líderes cristãos contemporâneos, isto destaca a importância de:

• Investir intencionalmente na próxima geração de líderes
• Compartilhar não apenas conhecimento e habilidades, mas também valores e caráter
• Criar espaço para que os discípulos assumam responsabilidade crescente
• Passar o “manto” de liderança de forma clara e intencional quando chegar o momento
• Celebrar quando os discípulos excedem as realizações de seus mentores

Compaixão e Poder

O ministério de Eliseu combina de forma notável demonstrações de poder sobrenatural com profunda compaixão humana. Esta integração oferece um modelo valioso para o ministério cristão, que pode às vezes oscilar para extremos de poder sem compaixão ou compaixão sem poder.

Jesus exemplificou perfeitamente este equilíbrio, sendo frequentemente “movido de compaixão” antes de realizar milagres (Mateus 9:36; 14:14; 20:34). Paulo também enfatiza que mesmo os dons espirituais mais impressionantes são inúteis sem amor (1 Coríntios 13:1-3).

Esta integração convida os cristãos a:

• Buscar tanto o poder do Espírito quanto o fruto do Espírito
• Exercer dons espirituais com humildade e motivação compassiva
• Evitar usar poder espiritual para autopromoção ou manipulação
• Reconhecer que demonstrações de poder sem amor não refletem verdadeiramente o caráter de Deus

Salvação Holística

Os milagres de Eliseu demonstram uma compreensão holística da salvação que abrange necessidades físicas, emocionais, relacionais e espirituais. Ele purificou água, multiplicou alimento, curou doenças, ressuscitou mortos, resgatou de dívidas e providenciou direção em tempos de guerra e paz.

Esta abrangência reflete a natureza do ministério de Jesus, que proclamava o evangelho, curava os enfermos, alimentava os famintos, libertava os oprimidos por demônios e restaurava os marginalizados à comunidade. O ministério cristão, portanto, deve resistir a falsas dicotomias entre evangelismo e ação social, necessidades espirituais e materiais, ou salvação individual e transformação comunitária.

Como afirma Tiago 2:15-16: “Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: ‘Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se’, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso?” O nome Eliseu – “Deus é salvação” – nos lembra que a salvação divina aborda a pessoa humana em sua totalidade.

Inspiração para os que Carregam o Nome

Para aqueles que hoje carregam o nome Eliseu (ou suas variantes como Elisha, Elishah, etc.), há uma inspiração especial para desenvolver qualidades associadas a este nome bíblico:

1. Confiança na provisão e intervenção divina em todas as circunstâncias
2. Receptividade ao chamado de Deus e disposição para abandonar o antigo em favor do novo
3. Equilíbrio entre compaixão e coragem ao enfrentar desafios
4. Compromisso em ser canal da graça salvífica de Deus para outros
5. Valorização da mentoria espiritual e disposição para investir na próxima geração
6. Atenção às necessidades práticas das pessoas ao seu redor
7. Perseverança na missão divina, mesmo quando os resultados não são imediatamente visíveis

Aplicações Práticas para a Vida Cristã

A história de Eliseu e o significado de seu nome oferecem diversas aplicações práticas para os cristãos contemporâneos:

1. Reconhecer a Exclusividade da Salvação Divina: Examinar onde podemos estar buscando segurança, significado ou libertação em fontes que não são Deus.
2. Disponibilidade como Instrumento: Cultivar uma atitude de rendição que diz, como Isaías, “Eis-me aqui, envia-me” (Isaías 6:8), permitindo que Deus opere através de nós para abençoar outros.
3. Buscar e Oferecer Mentoria: Identificar mentores espirituais cujo exemplo queremos seguir, e simultaneamente investir na próxima geração de líderes e discípulos.
4. Ministrar Holisticamente: Abordar as pessoas como seres integrais, atendendo tanto necessidades espirituais quanto físicas, emocionais e sociais.
5. Persistir na Oração: Assim como Eliseu perseverou em oração pela ressurreição do filho da sunamita (2 Reis 4:33-35), desenvolver perseverança em interceder por necessidades aparentemente impossíveis.
6. Reconhecer o Valor dos “Milagres Cotidianos”: Apreciar que Deus às vezes opera de forma espetacular (como na cura de Naamã), mas também atende preocupações aparentemente pequenas (como o machado emprestado).
7. Permanecer Fiel em Tempos de Oposição: Como Eliseu manteve integridade quando cercado por forças hostis (2 Reis 6:15-17), cultivar coragem e confiança em Deus quando enfrentamos resistência.

Considerações

O nome Eliseu – “Deus é salvação” – permanece como um testemunho eterno da natureza redentora e libertadora de Deus. A vida e ministério do profeta que carregou este nome demonstrou repetidamente a verdade de que Deus intervém ativamente nos assuntos humanos para trazer cura, restauração, libertação e transformação.

Nos tempos conturbados de Eliseu, caracterizados por idolatria generalizada, injustiça social, ameaças militares e instabilidade política, seu nome servia como um farol de esperança – lembrando ao povo que, apesar das circunstâncias desafiadoras, Deus continuava sendo sua única e verdadeira fonte de salvação. De maneira semelhante, em nosso mundo frequentemente caótico e desanimador, o nome Eliseu nos convida a olhar exclusivamente para Deus como nossa esperança última.

A sucessão de Elias para Eliseu nos ensina a importância da continuidade da fé e da passagem do legado espiritual através das gerações. O “manto” sendo transferido de mentor para discípulo serve como metáfora poderosa para como a verdade e o poder de Deus são transmitidos de uma geração para outra, garantindo que o testemunho divino nunca seja extinto.

Os diversos milagres de Eliseu, abrangendo desde curas dramáticas até soluções para problemas cotidianos, demonstram a abrangência do cuidado divino. Eles nos lembram que o Deus que governa o cosmos também se preocupa com nossas necessidades diárias – que nenhuma preocupação é grande demais para Seu poder ou pequena demais para Sua atenção.

Na perspectiva cristã, o nome Eliseu aponta ultimamente para Jesus Cristo, cujo nome similarmente significa “YHWH salva”. Os milagres de Eliseu prefiguram os de Jesus, mas os de Cristo são mais grandiosos em escopo e significado, culminando na maior expressão da salvação divina: a cruz e ressurreição. Como Pedro declarou: “Deus o exaltou, colocando-o à sua direita como Príncipe e Salvador, para dar a Israel arrependimento e perdão de pecados” (Atos 5:31).

Enquanto Eliseu foi um canal significativo através do qual a salvação de Deus fluiu, Jesus é a própria incorporação da salvação divina – Deus em carne humana vindo para salvar Seu povo. Se o ministério de Eliseu demonstrou que “Deus é salvação”, a pessoa e obra de Cristo proclamam esta verdade em sua expressão mais plena e definitiva.

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Como o salmista declara: “Do Senhor vem a salvação… Sua bênção está sobre o seu povo” (Salmo 3:8).

Outras questões

O que significa o nome Eliseu na Bíblia?

O nome Eliseu (Elisha em hebraico) significa “Deus é salvação” ou “Meu Deus salva”. É composto de “El”, que significa “Deus”, e uma forma do verbo “yasha”, que significa “salvar” ou “libertar”. Este nome reflete o propósito fundamental do ministério profético de Eliseu: demonstrar através de palavras e ações que a verdadeira salvação – seja física, emocional, relacional ou espiritual – vem exclusivamente de Deus. O nome é teologicamente significativo, proclamando uma verdade central da fé bíblica que seria plenamente revelada em Jesus Cristo, cujo nome similarmente significa “YHWH salva”.

Quem foi Eliseu na história cristã?

Eliseu foi um profeta do Reino do Norte de Israel que serviu aproximadamente durante os séculos IX-VIII a.C. Ele foi o discípulo e sucessor designado do profeta Elias, recebendo uma “porção dupla” do espírito de seu mentor. Seu ministério, documentado principalmente em 2 Reis 2-13, foi caracterizado por numerosos milagres, incluindo purificação de águas, multiplicação de alimento e azeite, ressurreição de mortos, e cura de lepra. Eliseu aconselhou vários reis israelitas, interagiu com pessoas de todos os estratos sociais, e teve influência internacional, mais notavelmente na cura de Naamã, comandante sírio. Na tradição cristã, ele é visto como precursor de Jesus, cujos milagres frequentemente espelham e expandem os de Eliseu. Ele é reverenciado na Igreja Ortodoxa, Católica Romana e tradições protestantes como um grande profeta cuja vida demonstrou a intervenção salvífica de Deus.

O nome Eliseu tem algum simbolismo espiritual?

Sim, o nome carrega rico simbolismo espiritual. Primeiramente, afirma Deus como a única fonte verdadeira de salvação e libertação. O nome também simboliza como Deus trabalha através de agentes humanos para realizar Seus propósitos redentores no mundo. Simboliza a integração de poder sobrenatural com compaixão prática que caracteriza o ministério autêntico. Na tradição cristã, o nome prefigura Jesus Cristo, cuja obra redentora traz a salvação definitiva profetizada e parcialmente realizada nos milagres de Eliseu. O nome também representa a continuidade da fé através de gerações, como visto na sucessão de Elias para Eliseu, simbolizando como a verdade e o poder de Deus são transmitidos de uma geração espiritual para a próxima.

Quais versículos bíblicos mencionam esse nome?

Há numerosas referências a Eliseu nas Escrituras, mas alguns versículos fundamentais incluem:

• 1 Reis 19:16: Designação divina – “Também ungirás Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, para ser profeta em teu lugar.”
• 1 Reis 19:19: Chamado inicial – “Partindo dali, Elias encontrou Eliseu, filho de Safate. Ele estava arando com doze juntas de bois… Elias passou por ele e lançou sua capa sobre ele.”
• 2 Reis 2:9: Pedido pela porção dupla – “Quando estavam cruzando, Elias perguntou a Eliseu: ‘Diga-me, o que posso fazer por você antes de ser levado?’ Eliseu respondeu: ‘Por favor, deixe-me herdar uma porção dupla do seu espírito’.”
• 2 Reis 2:14: Confirmação da sucessão – “Então apanhou a capa que tinha caído de Elias e, golpeando as águas, exclamou: ‘Onde está o Senhor, o Deus de Elias?’ Quando ele golpeou as águas, elas se dividiram para a direita e para a esquerda, e ele atravessou.”
• 2 Reis 4:32-35: Ressurreição do filho da sunamita – “Quando Eliseu chegou à casa, o menino estava morto, deita